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Acostumando a acostumar!

Já não sei mais se me acostumo a acostumar ou não querer mudar.


A gente se acostuma demais a pensar na vida e vê-la passar pela janela, nós acostumamos ser passives a ela.

Se acostuma a estudar o suficiente para passar na media, com isso perde a oportunidade de abrir a janela para vida.

Se acostuma a ver noticia dos jornais da TV, que hora nos estarrece e no próximo segundos nós acostumamos que é só a realidade do mundo,e trocamos idéias sobre o assunto de forma cotidiana como se estivermos falando de um partida de futebol.

A gente se acostuma com coisas que outrora eram absurdas e pelo costume hoje não nos importa mais, como as historias das novelas onde acabamos torcendo para que o mocinho fique com a outra porque ela é bonita ao invés da esposa fiel não ligando para o fato da traição e do abandono da família .

Nós nos acostumamos também com o sofrimento do outro que não dói mais em nos, crianças soterradas no Haiti, nos emociona os olhos, mas não o coração “mas também estão tão longe...” e não sequer vemos a realidade que nos rodeia com as varias crianças que nos param nas ruas e sinais de transito vendendo chicletes e pedindo dinheiro, nos acostumamos a dizer não pra elas e julgá-las com antecedência, porque acostumados a não querer saber verdadeiramente da vida do outro da mesma forma que damos bom dia sem olhar nos olho, e perguntam “como você esta”? Sem a intenção de ouvir qualquer outra coisa alem de “estou bem” mediante a um sorriso amarelo com resposta.

A gente se acostuma a coisas demais, mas sentimos coisas de menos e tentamos disfarçar as dores internas buscando apenas um conforto próprio mesmo que essa busca retire o direito do outro e só nos ajude mais ainda nas mazelas da alma.

Cremos em Deus, e ate com isso nos acostumamos, acostumamos a procurá-lo só nos momentos de apuros como um artigo de ultima necessidade, acostumamos em telo por nos, mas não estarmos sempre dispostos pra Ele.

E assim a gente vai, levando a vida sem saber se a gente realmente leva ela ou se ela leva a gente no ritmo do acostumando a acostumar.

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